terça-feira, 31 de maio de 2011

 Solução permite "transformar" resíduos em electricidade A ciência está mais próxima de conseguir criar geradores de energia eléctrica a partir de bactérias, pois, pela primeira vez, foi demonstrado como os micróbios conseguem descarregar pequenas correntes eléctricas através das suas estruturas. Esta descoberta, de acordo com um estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Science”, abre portas para aparelhos bioeléctricos, em que biliões de bactérias são ligadas a eléctrodos que recolhem a sua energia. Como alguns organismos se alimentam de poluentes, também há a possibilidade de as bactérias serem usadas para converter lixo industrial, radioactivo e esgotos em electricidade. "Seria uma fonte de energia alternativa assim como a eólica e a solar", disse Tom Clarke, líder desta investigação realizada na Universidade de East Anglia, na Inglaterra, acrescentando que a principal vantagem desta opção é que as bactérias fornecem energia constantemente, sem depender do vento ou da luz do sol. Além disso, estes organismos produzem electricidade ao mesmo tempo que degradam resíduos, pelo que, a partir daí, seria possível construir fábricas que descartassem o lixo produzido, enquanto simultaneamente geravam a própria energia de que necessitam. Neste estudo, foi mostrada, pela primeira vez, a estrutura molecular dos “fios” que as bactérias usam para descarregar electricidade. “Queremos usar este conhecimento para conectar os micróbios a eléctrodos mais eficazmente”, revelou Clarke. Actualmente, a quantidade de energia gerada por estes organismos é ainda muito baixa. Contudo, se esta técnica for aproveitada, será “possível usá-la em rios para gerar electricidade. Em grandes centros urbanos, a maioria dos rios tem poluição e ‘comida’ suficientes para as bactérias”, reforçou o investigador.



texto retirado de: http://biologias.com 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Células-tronco em animais também geram discussões

O uso de células-tronco ainda é muito discutido na área da Medicina e já causou várias polêmicas na utilização em humanos. Todavia, as células-tronco também estão sendo uma realidade na medicina veterinária.

No Brasil, pesquisadores estão estudando sobre a novidade e já conseguiram resultados capazes de permitirem boas perspectivas para a sua utilização. Um exemplo são animais como gatos, cães e cavalos que já se submeteram a essa técnica e tiveram lesões tratadas.

“Os estudos sobre esse assunto realmente precisarão ser muito bem detalhados, afinal, se tratando de vida, toda a atenção e cuidado deve ser realizado”, alerta a médica veterinária e tutora do Portal Educação, Danielle Pereira.

Para discutir ainda mais esse assunto, acontece do dia 25 de maio a 5 de junho a 2ª Expovet, na programação da Superagro 2001 em Belo Horizonte. Vale ressaltar que o tratamento com animais que possuem lesões é realizado com o uso de células-tronco adultos ou somáticas que foram retiradas da medula óssea de animais já adultos.

fonte:http://www.portaleducacao.com.br 

domingo, 29 de maio de 2011

Regeneração de neurônios garante prêmio a três cientistas

Os neurocientistas Joseph Altman, Arturo Alvarez-Buylla e Giacomo Rizzolatti receberam o prêmio Príncipe de Astúrias de Pesquisa Científica e Técnica 2011.

O trabalho dos três cientistas sobre a regeneração de neurônios nos cérebros adultos abriram uma janela para o tratamento de doenças como o mal de Alzheimer, o que justificou a homenagem, explicou o júri, que se reuniu na quarta-feira na cidade espanhola de Oviedo.

As pesquisas do norte-americano Altman e do mexicano Alvarez-Buylla focalizam a chamada neurogênese --ou regeneração de neurônios em cérebros adultos--, enquanto Rizzolatti, italiano de origem ucraniana, descobriu os neurônios espelho, que são ativados não apenas durante a execução de uma ação, mas também durante a observação da mesma.

Este foi o quarto dos oito prêmios Príncipe de Astúrias anunciados neste ano, depois de serem divulgados os de Comunicação e Humanidades, dado à Royal Society de Londres; o prêmio de Artes, que ficou com o regente italiano Riccardo Muti, e o de Ciências Sociais, concedido ao psicólogo norte-americano Howard Gartner.
O prêmio, que será entregue em Oviedo em cerimônia solene durante o outono europeu, é acompanhado de 50 mil euros e uma escultura do artista catalão Joan Miró.

fonte:http://www1.folha.uol.com.br

terça-feira, 24 de maio de 2011

Encontro inédito em defesa da legislação ambiental

 Pela primeira vez, ex-ministros integrantes de vários partidos se reúnem no MMA. Eles vieram pedir ao Governo que preserve as conquistas da legislação ambiental brasileira na votação do novo Código Florestal.



Um encontro inédito em defesa da legislação ambiental reuniu, nesta segunda-feira (23/05), oito ex-ministros do Meio Ambiente, integrantes de vários partidos políticos, e a ministra Izabella Teixeira em Brasília. Foram 30 minutos de conversa franca sobre o futuro do código florestal. Amanhã deverão ser recebidos pela presidenta Dilma Rousseff, que tem reiterado seu posicionamento de campanha em favor do desenvolvimento com sustentabilidade.
O grupo, capitaneado por Paulo Nogueira Neto, que ocupou a pasta nas décadas de 1970 e 1980, quando ainda era Secretaria Especial, saiu satisfeito com o que ouviu de Izabella. "Estamos lidando com um assunto extremamente importante para o futuro do Brasil e até da humanidade", lembrou. Ele defendeu a manutenção dos avanços e disse que é preciso evitar que as alterações na lei tragam consequências que impliquem no retrocesso do que já foi conquistado ao longo dos últimos 40 anos.
Para Izabella Teixeira, o Governo vai "agir com firmeza" na defesa do Código Florestal. A negociação no Congresso, segundo disse, precisará garantir que não haverá anistia para desmatadores ou redução das áreas de preservação ambiental (APPs) ao longo dos rios e desfiguração das reservas legais. A ministra voltou a afirmar que a agricultura familiar e as peculiaridades regionais devem ser consideradas no novo texto.
"É clara a posição da presidenta Dilma. Ela não aceita anistia a desmatador. Ela não aceita desmatamento em áreas de preservação permanente. Tem que recuperar reserva legal e tem que ter manejo. Tem que entender a situação da agricultura familiar diferenciada, que no Sul e no Sudeste é diferente da Amazônia". Izabella salientou que o Governo manterá o prazo de 11 de junho, previsto no decreto que cria o Programa Mais Ambiente. "Entrarei no dia seguindo com o processo de regularização ambiental em campo", afirmou.
Segundo ela, a lei tem que assegurar a regularização ambiental para que o agricultor se sinta seguro. "A lei tem que ser objetiva. Temos que assegurar a proteção do meio ambiente", afirmou. Para ela, se isso não for garantido, o agricultor será o prejudicado, com sua terra comprometida por situações não sustentáveis que comprometam a oferta de água e os demais requisitos para a produção sustentável.
Ao final do encontro, o ex-ministro Carlos Minc classificou a conversa de "muito boa, muito animadora". Ele considerou que há, no mérito das questões, "muita identidade" entre o governo e as reivindicações do grupo. "Resolvemos ir para cima, com muita energia", salientou. Já a ex-ministra Marina Silva defendeu o adiamento da votação "em prol de uma política florestal".
Sobre o texto que está no Congresso, Izabella declarou que as negociações prosseguem, pois o texto requer ajustes. Para ela, isso pode ser negociado com o relator ou apresentado em plenário, o que será decidido com os parlamentares. A ministra não vê necessidade de adiamento nas votações e disse que ainda não viu o texto final. "Pode ter erros de redação ou situações que nós precisamos corrigir. Teremos que analisar", concluiu. 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

KLF14, o gene "controlador" de outros genes

Descoberta desta função pode dar azo a novos tratamentos para a obesidade 


Os resultados de um estudo publicado na “Nature Genetics” podem abrir portas à investigação de novos tratamentos para doenças relacionadas com a obesidade. As conclusões deste trabalho mostraram que o gene KLF14, já associado aos altos níveis de colesterol e à diabetes tipo dois, pode transformar outros genes encontrados nas células de gordura.

"Não sabíamos o que o KLF14 fazia, mas agora sabemos como é que controla outros genes no tecido adiposo”, disse Kerrin Small, investigadora do King´s College de Londres e co-autora do estudo.

Como a gordura desempenha um papel fundamental na susceptibilidade a doenças metabólicas, esta descoberta pode ajudar no combate a este tipo de doenças. “Isso foi um passo muito importante para compreender a diabetes tipo dois”, exemplificou Mark McCarthy, outro cientista da Universidade de Oxford e co-autor do artigo publicado.
“O KLF14 é um factor de transcrição que circula nas células de gordura e modifica todo um conjunto de genes. Não age directamente, mas 'liga' e 'desliga' genes que afectam o risco do diabetes”, acrescentou.

Os cientistas analisaram mais de 20 mil genes em biópsias de gordura subcutânea de 800 voluntárias gémeas no Reino Unido, sendo que, para confirmar os resultados, examinaram outras 600 amostras subcutâneas de pacientes da Islândia.

Segundo McCarthy, há grandes evidências de que o KLF14 controla o nível de expressão de dez genes no tecido adiposo, todos ligados ao metabolismo, incluindo níveis de colesterol, insulina e glicose. No entanto, o investigador acredita que centenas de outros genes podem também ser afectados.

Os cientistas dizem que todos os seres humanos têm o gene KLF14, visto que este é sempre herdado da mãe. Contudo, a variante de gene que uma pessoa tem influencia o factor de transcrição de diferentes formas, disse McCarthy.

Michael Stumvoll, director do departamento de endocrinologia da Universidade de Leipzig, acredita que esta descoberta é “um divisor de águas para os biólogos e especialistas em genética, um passo enorme para compreender a organização de genes envolvidos no metabolismo”.

Fonte/Referências: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49103&op=all
Autor(a)/Créditos: Ciência Hoje 

Retirado de:http://biologias.com/noticias/952/KLF14-o-gene-controlador-de-outros-genes 

domingo, 15 de maio de 2011

SOS Florestas: novo texto do Código ignora completamente sugestões da SBPC

A última versão do texto para mudança do Código Florestal, apresentada em plenário no dia 11 de maio pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) continua muito aquém do que a sociedade brasileira espera de uma lei florestal para o século XXI, e ignora completamente os apontamentos feitos recentemente pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC e pela Associação Brasileira de Ciência - ABC.  É o que analisa o SOS Florestas, fórum que reúne sete organizações não governamentais do Brasil, entre elas o Greenpeace, ISA e Imaflora.

Veja documento na íntegra 

De acordo com o documento, divulgada hoje, o texto "legitima ilegalidades cometidas contra nossas florestas nas últimas décadas, misturando situações legítimas com outras que configuram crime ambiental e abre espaço para mais desmatamentos ao enfraquecer ou desvirtuar vários dos dispositivos da legislação atual, sem apresentar praticamente nada que indique um novo patamar de governança na conservação e uso sustentável de nosso patrimônio florestal".
O documento da articulação apresenta 19 principais problemas do texto e as consequências esperadas para o País de uma possível aprovação do referido projeto.  Um deles é o fato de o novo texto incentivar a devastação "ao permitir que um desmatamento irregular feito hoje (ou no futuro) em área de reserva legal possa ser compensado em outra região ou recuperado em 20 anos com o uso de espécies exóticas em até 50% da área".
Outra questão alarmante, segundo o SOS Florestas, é que caso esta versão seja aceita, mais de 90% dos imóveis do país podem ser dispensados de recuperar suas reservas legais.  O texto do Código Florestal permite que imóveis com até 4 módulos fiscais não precisem recuperar sua reserva legal (art.13, §7º).
Segundo as organizações do SOS Floresta, o problema é que o texto não traz essa flexibilização apenas aos agricultores familiares para que eles tenham condições de sobreviver, mas também " permite que mesmo proprietários que não vivam da produção agrícola ou que tenham vários imóveis menores de 4 MF [Módulos Fiscais]- e, portanto, tenham terra mais que suficiente para sua sobrevivência - possam se isentar da recuperação da RL [Reserva Legal].  Ademais, ao omitir qualquer limite temporal para a geração das matrículas objeto da isenção de recuperação, cria as condições para que a isenção possa ser disponível, a qualquer momento, para os que venham a desdobrar suas matrículas e assim esvaziar qualquer obrigação de recuperação.  Trata-se de um caso em que a própria norma criaria a burla", diz o fórum.
Veja o documento na íntegra.

fonte: Amazonia.org.br

com acréscimo da imagem.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Brasil fica fora de ranking de universidades em Ciências Biológicas


Harvard lidera em Medicina, Psicologia e Biologia; 31 países estão representados no ranking 

Os Estados Unidos mantêm o monopólio no ensino e pesquisa de Ciências Biológicas em um novo ranking global de universidades divulgado nesta quarta-feira, 4, pela entidade britânica QS. As instituições de ensino tiveram seu desempenho avaliado em Medicina, Biologia e Psicologia e, sem surpresa, Havard lidera todas as listas. O Brasil não está representado entre as top 200 universidades do mundo, que se concentram em 31 países. No cálculo da nota, são considerados a reputação acadêmica, a reputação do empregador e citações de pesquisas. Atrás dos Estados Unidos, vêm Reino Unido, Alemanha, Austrália e Canadá. A Universidade Nacional de Cingapura ficou na 30.ª colocação na média das três áreas. Harvard domina o ranking de Medicina especialmente por conta de um trabalho pioneiro na pesquisa com células-tronco realizado em parceria com a 3.º colocada, o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), também dos Estados Unidos. O trabalho das universidades mais citado foi o da investigação com células-tronco embrionárias, que tiveram o financiamento federal cortado pelo ex-presidente George W. Bush. A medida foi revogada por Barack Obama em 2009. Veja o ranking das instituições

MEDICINA - 1. Universidade Harvard (EUA) 2. Universidade de Cambridge (Reino Unido) 3.
Instituto Tecnológico de Massachusetts (EUA) 4. Universidade de Oxford (Reino Unido) 5. Universidade Stanford (EUA) 6. Universidade Yale (EUA) 7. Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA) 8. Universidade Johns Hopkins (EUA) 9. Universidade Imperial (Reino Unido) 10. Universidade da Califórnia em San Diego (EUA)

BIOLOGIA - 1. Universidade Harvard (EUA) 2. Instituto Tecnológico de Massachusetts (EUA) 3. Universidade de Cambridge (Reino Unido) 4. Universidade de Oxford (Reino Unido) 5. Universidade Stanford (EUA) 6. Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA) 7. Universidade Yale (EUA) 8. Instituto Tecnológico da Califórnia (EUA) 9. Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA) 10. Universidade da Califórnia em San Diego (EUA)

PSICOLOGIA - 1. Universidade Harvard (EUA) 2. Universidade de Cambridge (Reino Unido) 3. Universidade Stanford (EUA) 4. Universidade de Oxford (Reino Unido) 5. Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA) 6. Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA) 7. Universidade Yale (EUA) 8. Universidade de Melbourne (Austrália) 9. Universidade Princeton (EUA) 10. Universidade McGill (Canadá)

Segundo o jornalista Martin Ince, do conselho 
consultivo da QS, as três áreas são importantes para os países porque toda nação precisa de médicos e outros profissionais das Ciências Biológicas. "A demanda por esses profissionais cresce na medida em que a população envelhece e as pessoas esperam viver saudáveis por mais tempo." Ince diz que as Ciências Biológicas são marcadas por uma "implacável cultura do publique o quanto antes", financiamento pesado de governos, instituições de caridade e setor privado, e significativa atenção pública.

Para o jornalista, a tecnologia de escaneamento de cérebros revolucionou a Psicologia. Isso tem feito com que a área se torne mais uma ciência dura e abandone o perfil de estudo social. "Isso também significa mais dinheiro, o que explica porque universidades ricas dos EUA e Reino Unido dominam a tabela." Em Medicina, as mudanças também foram profundas, diz Ince. "Avanços recentes em ciência e tecnologia levaram a pesquisa biomédica para um novo território." Segundo ele, as pesquisas mais bem avaliadas não visam a resolver uma doença específica, mas tendem a ser teóricas e de larga aplicação. Em Biologia, foram analisados trabalhos em ecologia, botânica, zoologia e genética de não humanos, além de mudanças climáticas e crescimento da população humana.
fonte:Estadão.edu

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A vez das células-tronco epiteliais

A vez das células-tronco epiteliais 

(03/05/11) Agência FAPESP – Uma boca pode revelar muitos segredos. Entre eles, a fonte de células-tronco epiteliais que residem na mucosa, um tecido de fácil acesso.
As células-troncos epiteliais são consideradas raras e estão localizadas em nichos específicos. “A maioria dos trabalhos existentes na literatura é relativo às células-tronco adultas mesenquimais, que podem ser células da medula óssea ou do cordão umbilical, entre outras”, explicou Andrea Mantesso à Agência FAPESP. fonte:google
Mantesso, que é professora doutora de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da USP, coordena ao lado do pesquisador Paul Sharpe, chefe do Departamento de Desenvolvimento Craniofacial e Biologia de Células-Tronco do King’s College London, o projeto Oral epithelial stem cells - evaluation of response to injury and self-renew capacity.
O projeto foi selecionado em chamada lançada pelo acordo de cooperação científica entre a FAPESP e o King’s College London, do Reino Unido, onde Sharpe e Mantesso são professores na Faculdade de Odontologia. Assinado em maio de 2010, o objetivo do acordo é permitir o intercâmbio de pesquisadores entre os dois países.
“A caracterização das células-tronco epiteliais é diferente das mesenquimais. Acredita-se, assim como em outros tecidos do corpo humano, que existam células-tronco no epitélio. Mas, como não há muitas pesquisas a seu respeito, sabemos pouco sobre elas”, ressaltou Mantesso.
Nas células-tronco mesenquimais – a partir das quais é possível formar osso, cartilagem, tecido adiposo ou neural entre outros – o processo de caracterização não ocorre da mesma forma que nas células epiteliais.
Um grande desafio para os cientistas é isolar a população de células que possuam características de células-tronco epiteliais ou progenitoras. “Para essa fase do estudo, a participação do King’s College London é muito importante”, destacou.
Durante a primeira etapa, realizada na USP, Mantesso, seu orientando de doutorado Felipe Perozzo Daltoe e Sharpe conseguiram isolar uma população de células da mucosa bucal que expressavam a proteína P75NTR, receptora de neurotrofina e considerada importante, pois distingue uma população enriquecida em células-tronco.
A equipe observou que as células encontradas no experimento proliferavam em maior quantidade e de forma mais rápida que as normais, características comuns às células-tronco e também às células progenitoras.
A segunda parte do estudo será realizada em Londres. Embora a equipe já tenha conseguido reconstruir um epitélio aqui no Brasil, Mantesso conta que ainda não há uma denominação definida para as células encontradas. “Para confirmar o potencial dessas células epiteliais, precisamos realizar mais estudos in vivo”, disse.
Isso significa observar mais um comportamento comum às células-tronco epiteliais: a resposta a danos. “Nessa fase da pesquisa, nossa intenção é estudar as propriedades dessas células, como a migração e a capacidade de reparar uma ferida. Pretendemos também explorar o potencial que elas possam ter para a engenharia de tecidos e aplicar esse conhecimento na regeneração e reparo dos dentes”, explicou Sharpe.
Dupla origem
Além do projeto apoiado pela FAPESP, Mantesso e Sharpe estudaram, com outros colegas, a resposta às lesões nos dentes incisivos pelos pericitos, células que revestem os vasos sanguíneos. O resultado da pesquisa foi publicado em abril na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
O trabalho procura desvendar a origem das células-tronco mesenquimais por meio da analise de pericitos. Para isso, os cientistas reuniram uma série de informações comuns aos pericitos e às células-tronco, tais como regeneração e se ambas estão vinculadas à vascularidade.
Utilizando camundongos transgênicos, os pesquisadores conseguiram enxergar os pericitos e analisar essas células. E, para surpresa do grupo, eles não eram a única fonte de células-tronco mesenquimais.
“Durante os experimentos, observamos que os pericitos apresentaram as características de células-tronco ou progenitoras, mas eles respondiam somente por parte da origem dessas células. E isso nunca tinha sido mostrado na literatura”, enfatizou Mantesso.
De acordo com a professora, a outra população celular ainda é desconhecida, porém, experimentos indicam que esteja relacionada à vascularidade, “pois nos lugares ricos em vasos sanguíneos essas células eram mais presentes”, disse.
O artigo Dual origin of mesenchymal stem cells contributing to organ growth and repair (doi:10.1073/pnas.1015449108), de Andrea Mantesso, Paul Sharpe e outros, pode ser lido por assinantes da PNAS em http://www.pnas.org/content/108/16/6503.abstract.

 Fonte: 

Modificado de:http://biologias.com/noticias/929/A-vez-das-celulas-tronco-epiteliais

domingo, 8 de maio de 2011

A vez das células-tronco epiteliais

Uma boca pode revelar muitos segredos. Entre eles, a fonte de células-tronco epiteliais que residem na mucosa, um tecido de fácil acesso.
As células-troncos epiteliais são consideradas raras e estão localizadas em nichos específicos. “A maioria dos trabalhos existentes na literatura é relativo às células-tronco adultas mesenquimais, que podem ser células da medula óssea ou do cordão umbilical, entre outras”, explicou Andrea Mantesso à Agência FAPESP.  fonte:google
Mantesso, que é professora doutora de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da USP, coordena ao lado do pesquisador Paul Sharpe, chefe do Departamento de Desenvolvimento Craniofacial e Biologia de Células-Tronco do King’s College London, o projeto Oral epithelial stem cells - evaluation of response to injury and self-renew capacity.
O projeto foi selecionado em chamada lançada pelo acordo de cooperação científica entre a FAPESP e o King’s College London, do Reino Unido, onde Sharpe e Mantesso são professores na Faculdade de Odontologia. Assinado em maio de 2010, o objetivo do acordo é permitir o intercâmbio de pesquisadores entre os dois países.
“A caracterização das células-tronco epiteliais é diferente das mesenquimais. Acredita-se, assim como em outros tecidos do corpo humano, que existam células-tronco no epitélio. Mas, como não há muitas pesquisas a seu respeito, sabemos pouco sobre elas”, ressaltou Mantesso.
Nas células-tronco mesenquimais – a partir das quais é possível formar osso, cartilagem, tecido adiposo ou neural entre outros – o processo de caracterização não ocorre da mesma forma que nas células epiteliais.
Um grande desafio para os cientistas é isolar a população de células que possuam características de células-tronco epiteliais ou progenitoras. “Para essa fase do estudo, a participação do King’s College London é muito importante”, destacou.
Durante a primeira etapa, realizada na USP, Mantesso, seu orientando de doutorado Felipe Perozzo Daltoe e Sharpe conseguiram isolar uma população de células da mucosa bucal que expressavam a proteína P75NTR, receptora de neurotrofina e considerada importante, pois distingue uma população enriquecida em células-tronco.
A equipe observou que as células encontradas no experimento proliferavam em maior quantidade e de forma mais rápida que as normais, características comuns às células-tronco e também às células progenitoras.
A segunda parte do estudo será realizada em Londres. Embora a equipe já tenha conseguido reconstruir um epitélio aqui no Brasil, Mantesso conta que ainda não há uma denominação definida para as células encontradas. “Para confirmar o potencial dessas células epiteliais, precisamos realizar mais estudos in vivo”, disse.
Isso significa observar mais um comportamento comum às células-tronco epiteliais: a resposta a danos. “Nessa fase da pesquisa, nossa intenção é estudar as propriedades dessas células, como a migração e a capacidade de reparar uma ferida. Pretendemos também explorar o potencial que elas possam ter para a engenharia de tecidos e aplicar esse conhecimento na regeneração e reparo dos dentes”, explicou Sharpe.
Dupla origem
Além do projeto apoiado pela FAPESP, Mantesso e Sharpe estudaram, com outros colegas, a resposta às lesões nos dentes incisivos pelos pericitos, células que revestem os vasos sanguíneos. O resultado da pesquisa foi publicado em abril na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
O trabalho procura desvendar a origem das células-tronco mesenquimais por meio da analise de pericitos. Para isso, os cientistas reuniram uma série de informações comuns aos pericitos e às células-tronco, tais como regeneração e se ambas estão vinculadas à vascularidade.
Utilizando camundongos transgênicos, os pesquisadores conseguiram enxergar os pericitos e analisar essas células. E, para surpresa do grupo, eles não eram a única fonte de células-tronco mesenquimais.
“Durante os experimentos, observamos que os pericitos apresentaram as características de células-tronco ou progenitoras, mas eles respondiam somente por parte da origem dessas células. E isso nunca tinha sido mostrado na literatura”, enfatizou Mantesso.
De acordo com a professora, a outra população celular ainda é desconhecida, porém, experimentos indicam que esteja relacionada à vascularidade, “pois nos lugares ricos em vasos sanguíneos essas células eram mais presentes”, disse.
O artigo Dual origin of mesenchymal stem cells contributing to organ growth and repair (doi:10.1073/pnas.1015449108), de Andrea Mantesso, Paul Sharpe e outros, pode ser lido por assinantes da PNAS em http://www.pnas.org/content/108/16/6503.abstract.

 fonte:http://biologias.com

©2018 Todos os direitos reservados ao Blog Biologia na UnP - contato@biologianaunp.com. Tema Simples. Imagens de tema por Storman. Tecnologia do Blogger.
ondragstart="return false" onselectstart="return false"